BIOGRAFIA DO LÍNGUA
Mario Lucio Sousa
O último desejo de um condenado à morte é contar a vida do Língua, escravizado prodigioso obrigado a traduzir as falas dos brancos para os povos da África. Enquanto vai se desfiando a fabulosa biografia, as pessoas se aproximam para ouvir e acabam por escrever juntas a história de um lugar, atravessando colônia, independência e revolução.
Mario Lucio Sousa nasceu em Cabo Verde, em 1964. Aos 10 anos, foi descoberto a ler poesia pelas ruas e acolhido no quartel do Tarrafal que, durante o período colonial, servira de campo de concentração. Uma bolsa lhe permitiu estudar na capital do país recém-independente e tornar-se jornalista aos 15 anos de idade, seguindo para Havana para graduar-se em Direito. De volta à sua terra, atuou na valorização da cultura cabo-verdiana, tanto na via política ― como parlamentar e ministro ―, quanto na prática artística, fundando o grupo Simentera. Seu trabalho musical inclui colaborações com, entre outros, Cesária Évora, Mayra Andrade, Gilberto Gil, Milton Nascimento e Paulinho da Viola. Entre seus livros destacam-se O Novíssimo Testamento: e se Jesus ressuscitasse mulher? e Biografia do Língua, que lhe renderam relevantes prêmios literários. No Brasil, publicou “Meu verbo cultura: escritos amorosos sobre cultura e desenvolvimento” (2016) e se prepara para lançar o “Manifesto a Crioulização”.
Vencedor do Prêmio Miguel Torga e do Prêmio Pen de Narrativa.
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